O que é Gripe H1N1?
A gripe H1N1 consiste em uma doença causada por uma mutação
do vírus da gripe. Também conhecida como gripe Influenza tipo A ou gripe suína,
ela se tornou conhecida quando afetou grande parte da população mundial entre
2009 e 2010.
Os sintomas da gripe H1N1 são bem parecidos com os da gripe
comum e a transmissão também ocorre da mesma forma. O problema da gripe H1N1 é
que ela pode levar a complicações de saúde muito graves, podendo levar os
pacientes até mesmo à morte.
Pandemia
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ao todo 207
países e demais territórios notificaram casos confirmados de gripe H1N1 entre
2009 e 2010, quando houve a pandemia da doença. Durante este período, foram
quase nove mil mortos em decorrência da gripe H1N1.
O surto começou no México, onde uma doença respiratória
alastrou-se pela população e chegou rapidamente aos Estados Unidos, Canadá e,
depois, para o restante do mundo – graças às viagens aéreas.
Surto 2016
Em 2016 a gripe H1N1 chegou mais cedo ao Brasil. Em março de
2016 o número de casos só no estado de São Paulo superou a quantidade de
pessoas doentes em 2015 em todo o país. São 260 casos no Estado até março de
2016, contra 141 no Brasil no ano anterior.
Normalmente a gripe H1N1, assim como os outros tipos de
gripe, são bem mais comuns no inverno, mas o surto desta vez começou no verão.
Acredita-se que o grande fluxo de pessoas vindas de regiões frias, como Estados
Unidos, Canadá e Europa.
Causas
As primeiras formas do vírus H1N1 foram descobertas em
porcos, mas as mutações conseguintes o tornaram uma ameaça também aos seres
humanos. Como todo vírus considerado novo, para o qual não costumam existir
métodos preventivos, o vírus mutante da gripe H1N1 espalhou-se rapidamente pelo
mundo.
A transmissão ocorre da mesma forma que a gripe comum, ou
seja, por meio de secreções respiratórias, como gotículas de saliva, tosse ou
espirro, principalmente. Após ser infectada pelo vírus, uma pessoa pode demorar
de um a quatro dias para começar a apresentar os sintomas da doença. Da mesma
forma, pode demorar de um a sete dias para ser capaz de transmiti-lo a outras
pessoas.
É importante ressaltar que, assim como a gripe comum e
outras formas da doença, a gripe H1N1 também é altamente contagiosa.
Fatores de risco
A gripe H1N1, como qualquer gripe, pode afetar pessoas de
todas as idades, mas, no período em que houve a pandemia, notou-se que o vírus
infectou mais pessoas entre os cinco e os 24 anos. Foram poucos os casos de
gripe H1N1 relatados em pessoas acima dos 65 anos de idade.
Gestantes, doentes crônicos, crianças pequenas, pessoas com
obesidade e com outros problemas respiratórios também estão entre os grupos
mais vulneráveis para gripe H1N1.
Os demais fatores de risco seguem a mesma linha daqueles
enumerados para outros tipos de grupo. Permanecer em locais fechados e com um
aglomerado de pessoas, levar as mãos à boca ou ao nariz sem lavá-las antes e
permanecer em contato próximo com uma pessoa doente são os principais fatores
que podem aumentar os riscos de uma pessoa vir a desenvolver gripe H1N1.
Sintomas de Gripe H1N1
Os sinais e sintomas da gripe H1N1 são muito parecidos com
os da gripe comum, mas podem ser um pouco mais graves e costumam incluir
algumas complicações também. Veja:
Febre alta
Tosse
Dor de cabeça
Dores musculares
Falta de ar
Espirros
Dor na garganta
Fraqueza
Coriza
Congestão nasal
Náuseas e vômitos
Diarreia.
As complicações decorrentes da gripe H1N1 são comuns em
pessoas jovens, o que é bastante difícil de acontecer em casos de gripe comum. A
insuficiência respiratória é um sintoma frequente da gripe H1N1 que não é
devidamente tratada. Em casos graves, ela pode levar o paciente à morte.
Diagnóstico de Gripe H1N1
A suspeita de gripe H1N1 ocorre em pessoas com quadro de
sinais e sintomas compatíveis aos de gripe, mas com as complicações típicas da
H1N1. Nestes casos, o médico deverá coletar uma amostra de secreção do paciente
e enviá-la para análise minuciosa no laboratório.
Tratamento de Gripe H1N1
A maioria dos casos de gripe H1N1 foi sanada completamente
sem a necessidade de internação hospitalar ou do uso de antivirais. Em alguns
casos, no entanto, o uso de medicamentos e a observação clínica são necessários
para garantir a recuperação do paciente.
Convivendo/ Prognóstico
Uma pessoa diagnosticada com gripe H1N1 deve permanecer em
casa, afastado do trabalho ou da escola, e evitar locais com acúmulo de
pessoas. Repouso e manter boa hidratação são duas dicas importantes para
garantir a recuperação.
Complicações possíveis
A principal complicação decorrente de gripe H1N1 consiste em
crises de insuficiência respiratória, que podem levar o paciente a óbito se não
forem tratadas imediatamente e em caráter de urgência.
Prevenção
A prevenção de gripe H1N1 segue as mesmas diretrizes da
prevenção de qualquer tipo de gripe, só que o cuidado deve ser redobrado:
Evite manter contato muito próximo com uma pessoa que esteja
infectada
Lave sempre as mãos com água e sabão e evite levar as mãos
ao rosto e, principalmente, à boca
Leve sempre um frasco com álcool-gel para garantir que as
mãos sempre estejam esterilizadas
Mantenha hábitos saudáveis. Alimente-se bem e coma bastante
verduras e frutas. Beba bastante água
Não compartilhe utensílios de uso pessoal, como toalhas,
copos, talheres e travesseiros
Se achar necessário, utilize uma máscara para proteger-se de
gotículas infectadas que possam estar no ar
Evite frequentar locais fechados ou com muitas pessoas
Verifique com um médico se há necessidade de tomar a vacina
que já está disponível contra a gripe H1N1.
Vacinação
Devido ao aumento súbito de casos no início de 2016, a
prefeitura de São José do Rio Preto está fazendo uma campanha de vacinação
extra na cidade, usando o lote de vacinas de 2015, que contempla também H1N1.
No entanto, é muito importante ressaltar que em 2016 uma nova vacina da gripe
será lançada na campanha nacional de vacinação contra a gripe, e ela também
contemplará a H1N1 e deverá ser tomada.
A vacinação normalmente é oferecida na rede pública para
pessoas dentro dos grupos de risco, ou seja:
Crianças entre 6 meses e 5 anos
Idosos acima de 60 anos
Gestantes
Portadores de doenças crônicas, como bronquite e asma.
Quem não se encaixa nesses grupos, mas quer se prevenir,
deve buscar a vacina em clínicas particulares.