quarta-feira, 26 de agosto de 2015

FRATURAS

GILCOSME

É a perda da continuidade  do tecido ósseo por trauma. Em uma fratura exposta, o ponto de ruptura está em contato com a superfície externa do corpo, quando se trata de fraturas simples a ruptura esta coberta com pele. Nunca se deve mover o paciente até que o médico assim o determine, a não ser em caso de absoluta necessidade mover a parte machucada provavelmente causara danos maiores.

ETIOLOGIA
1.     Traumas
2.     Fadiga ou estresse
3.     Patológica

TIPOS DE FRATURAS

1.     Fechadas ou simples
2.     Expostas

A.   Fraturas transversas.
B.    Fraturas oblíquas.
C.    Fraturas espiraladas
D.   Fraturas cominutivas
E.    Fraturas em galho verde
F.     Fraturas por esmagamento ou compressão

CONSOLIDAÇÃO DA FRATURA


Compreende 5 estágios:

1.          Estágio de hematoma – vazamento de sangue nas superfícies ao redor, ficando contido no periósteo; na retirada do periósteo, o sangue extravasa para as partes moles, ficando os osteóssitos sem suprimento sangüíneo e conseqüêtemente ocorre a morte das superfícies fraturadas.

2. Estágio de proliferação celular subperiostal e endostal – proliferação de células da superfície profunda do periósteo próximo a fratura. Tais substâncias são as precursoras dos osteoblastos, que posteriormente deverão sedimentar a substância intercelular. E ilhas de cartilagem podem ser encontradas no tecido celular que cresce dentro e fora do osso, formando uma ponte com a fratura.
3. Estágio do calo – os osteoblastos depositam uma matriz intercelular de colágeno e polissacarídeos, que logo se torna impregnado de sais de cálcio para formar osso não amadurecido do calo da fratura.
4. Estágio de consolidação – o calo primário transforma – se gradualmente pela ação dos osteoblastos em um osso mais amadurecido
5. Estágio de remodelação – formação de colar bulboso que circunda o osso e oblitera o canal medular.

EXAME FÌSICO


1.     Deformidades visível ou palpável
2.     Edema local
3.     Hematoma
4.     Sensibilidade acentuada no osso
5.     Comprometimento funcional.
6.     Mobilidade anormal
7.     Crepitação ou flutuação.

Além de:

1.     Ferimentos de pele, estado circulatório, coloração, temperatura, pulsos arteriais, retorno capilar, condução nervosa, estado da medula e dos nervos periféricos, estado das víscera.

TRATAMENTO DAS FRATURAS


1.     Primeiros socorros.
2.     Avaliação clinica - ferimentos, lesão vascular, nervosa ou visceral.
3.     Ressuscitação

PRINCIPIOS NO TRATAMENTO DAS FRATURAS


1.        Redução
2.        Imobilização
3.        Preservação da função

MÉTODOS DE REDUÇÃO


1.     Manipulação fechada
2.     Tração com ou sem manipulação
3.     Cirúrgico

IMOBILIZAÇÃO


Princípios:
1.     Prevenção de deslocamento ou angulação
2.     Prevenção de movimento
3.     Alivio da dor

Métodos:
1. Gesso: tala gessada
                      Aparelho gessado

Tipos de gesso:

a.      Minerva, coxo podálico, coxo maleolar, suro podálico, braquial, axilo palmar, luva gessada, colete gessado, pelve podálico, calção gessado, toracobraquial.

CUIDADOS COM GESSO:

-         Pré Instalação:
A.   Fazer tricotomia
B.    Posicionar o paciente
C.    Informar que o gesso na instalação ele libera calor local, devido da reação exotérmica, com duração de 5 a 15 minutos.

-         Pós Instalação:
A.         Manter o gesso exposto ao ar ambiente, evitando compressão.
B.          Verificar presença de sangramento
C.          Observar perfusão periférica, pulso distal, cianose, palidez, diminuição da sensibilidade e motricidade, edema, formigamento.
D.         Atentar para as queixas álgicas.
E.          Manter o membro elevado e apoiado em coxim
F.           Proteger as bordas do gesso para evitar sujidades durante as eliminações
G.         Estimular exercícios isométricos
H.         Proteger o gesso durante o banho.
I.             Sentar com o membro elevado
J.            Observar padrão respiratório
K.         Evitar a introdução de corpos estranhos
L.           Atentar para os odores – provável processo infeccioso

2.     Tração continua. - Indicado para quando é impossível manter os fragmentos ósseos na posição adequada, com o gesso ou suporte externo.

Podendo ser: manual, cutânea e esquelética.




Indicações:
A.   Transporte de pacientes em emergência para alivio da dor
B.    Reduzir fraturas
C.    Reduzir e imobilizar fraturas até a sua consolidação
D.   Corrigir e prevenir deformidades
E.    Aliviar contraturas musculares
F.     Luxações
G.   Pós – operatórios
H.   Tratamento incruento
I.       Algumas afecções da coluna vertebral

CUIDADOS COM TRAÇÃO:
A.    Manter os princípios da tração
B.    Valorizar e avaliar as queixas do paciente
C.    Atender as necessidades básicas.
D.    Estimular o auto cuidado
E.     Não retirar os pesos
F.     Observar o posicionamento do paciente e do sistema de tração
G.    Observar presença de complicações como flictemas, alergias, comprometimento neurovascular, inflamação ou infecção, úlcera de pressão, embolia gordurosa ou trombose venosa profunda.
H.    Prevenção de úlcera de pressão
I.        Promover a contração
J.       Observar padrão respiratório, estimular a tosse, expectoração, inspiração profunda, ingestão hídrica e movimentação ativa no leito.
K.    Estimular exercícios ativos, passivos.

3.    Fixação externa – linear ou de Ilizarov

      Indicações :
A. Pseudoartroses,  deformidades congênitas ou adquiridas, artrodeses, sequela de paralisia infantil, sequela de infecção, fraturas fechadas e expostas, alongamento do membro, perda de substância óssea,  alterações articulares.

CUIDADOS COM FIXADOR:

A.    Manter membro elevado
B.    Observar inserção dos fios a procura de infecção
C.    Curativo diário
D.    Observar perfusão, pulso, queixa de formigamento, dor, diminuição da sensibilidade
E.     Estimular exercícios ativos e passivos
F.     Estimular deambulação
G.    Prevenção de equinismo.

4.     Fixação interna – placas e parafusos, enxerto ósseo com parafuso, haste intramedular, placas de compressão com parafusos, placa prego, parafusos de transfixação, fios metálicos e próteses.

COMPLICAÇÕES DAS FRATURAS:
1.     Infecção
2.     Consolidação retardada – infecção óssea, suprimento sangüíneo inadequado, cisalhamento excessivo entre os fragmentos, interposição de tecido mole entre os fragmentos, perda da redução, dissolução do hematoma, presença de corpo estranho, destruição do osso.
3.     Não consolidação
4.     Necrose avascular
5.     Consolidação viciosa
6.     Encurtamento

                                                                                                                       GILCOSME

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